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Resgatando a feminilidade

Resgatando a feminilidade

 

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*Dr. Lair Ribeiro

Cada vez mais as mulheres estão abandonando os afazeres domésticos
para assumir postos no mercado de trabalho.

De acordo com pesquisa realizada em 2005 pelo Grupo Catho, nos últimos
dez anos, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro dobrou,
revelando os seguintes percentuais de “ocupação” feminina nas empresas:

      
presidência: 17,5%

      
diretoria: 23%

      
gerência: 26%

      
chefia e coordenação: 49

O avanço das mulheres no mercado de trabalho é marcado,
principalmente, pela onda de mudança que o mundo está atravessando, onde
habilidades mais femininas que masculinas têm sido fator determinante para a
permanência de muitas empresas no mercado. Hoje, a agressividade e a
objetividade – características notadamente masculinas – estão cedendo terreno
para a intuição e a capacidade de adaptação, traços marcantes no perfil
feminino.

As mulheres estão descobrindo seus. Não precisam mais se espelhar na
atuação masculina para provar sua competência. Agora, são os homens que estão
buscando adquirir as qualidades femininas tão procuradas pelo mundo
corporativo, como a habilidade de cultivar bons e produtivos relacionamentos, por
exemplo. Além disso, as mulheres são mais flexíveis que os homens e se adaptam
com mais facilidade e mais rapidamente que eles, o que é fundamental para um
mundo em constante mudança.

O estilo feminino, aliado ao esforço, força de vontade e determinação
das mulheres em colocar em prática sua competência, tem sido reconhecido e recompensado
pelas empresas, que apostam nessa nova força de trabalho.

Um importante ponto positivo do estilo feminino é a capacidade de
trabalhar com o lado direito do cérebro, mais emotivo, intuitivo, criativo. E
como, durante muito tempo, tiveram de agir à semelhança dos homens para
conquistar seu espaço, as mulheres acabaram desenvolvendo também a utilização
do hemisfério cerebral esquerdo. Com isso, saíram ganhando! Agora, é a vez dos
homens correrem atrás do prejuízo e buscar meios para desenvolver o hemisfério
direito. Recursos para isso não faltam. Vários de meus cursos têm essa
abordagem.

Entretanto, ainda restam alguns pontos importantes a serem
conquistados pelas mulheres com relação ao universo corporativo. O principal é
que ainda existe um preconceito não-declarado em relação às mulheres. Prova
disso é que elas ganham cerca de 10% menos que os homens nas mesmas funções. O
mercado tem algumas justificativas para isso, mas as principais são: 1) a
mulher é uma mão-de-obra nova e ainda é preciso descobrir seu potencial; 2) semanalmente,
elas trabalham cerca de três horas menos que os homens.

Um importante aspecto negativo em relação à participação das mulheres
no mercado de trabalho, levantado pela pesquisa do Grupo Catho, é que a
porcentagem de mulheres nas empresas diminui conforme o tamanho da empresa
aumenta. Mas, mesmo assim, o panorama da participação feminina no mercado de
trabalho é promissor. Estima-se que daqui a 20 anos, quase 50% dos cargos de
presidência nas empresas serão ocupados por mulheres!

Como tudo na vida tende a encontrar um ponto de equilíbrio, também o
mundo corporativo encontrará o seu, equilibrando homens e mulheres em cargos e
rendimentos. Afinal, nada mais produtivo que dispor harmonicamente de duas
frentes de trabalho tão distintas e, ao mesmo tempo, tão complementares.

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Dr. Lair Ribeiro — Palestrante internacional, ex-diretor da Merck Sharp & Dohme e da Ciba-Geigy Corporation, nos Estados Unidos, e autor de vários livros que se tornaram best-sellers no Brasil e em países da América Latina e da Europa. Médico cardiologista, viveu 17 anos nos Estados Unidos, onde realizou treinamentos e pesquisas na Harvard Unversity, Baylor College of Medicine e Thomas Jefferson University.

www.lairribeiro.com.br

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