Carlos Júlio faz palestra para a Seleção Brasileira
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| Neymar Jr. e Carlos Júlio.
Através de uma estratégia montada pelo técnico Luiz Felipe
Scolari, o professor e empresário Carlos Júlio foi chamado à Granja Comary para fazer palestra motivacional para a seleção do Brasil, ajudando os atletas na preparação psicológica. Durante quase duas horas, ele falou da importância de todos se unirem em torno do objetivo comum e se comprometerem para alcançar a meta, além do processo de tomada de decisões, comportamento e formas de lidar com grandes desafios. Confira entrevista exclusiva à Revista Savior Faire: |
R.S.F. – Como foi sua palestra para a Seleção Brasileira?
C.J. – Do ponto de vista pessoal, como apaixonado por futebol, como a grande maioria dos brasileiros, foi uma experiência emocionante. Estar com seus ídolos, na intimidade da concentração, almoçando, jantando e circulando com eles pela Granja Comary foi um privilégio. Do ponto de vista profissional um grande desafio já que minha área de atuação é da Educação Executiva e para os negócios.
R.S.F – Existe relação direta entre uma equipe de trabalho e uma como a Seleção Brasileira?
C.J. – Total. Qualquer equipe, seja de trabalho ou esportiva tem um objetivo comum, ganhar um jogo, um campeonato ou cumprir as metas de vendas e faturamento do mês e do ano. Assim sendo, temos alguns pontos que precisam ser observados em qualquer das duas situações: 1. Todos têm que saber qual é o objetivo, o que precisamos. 2. Conhecer muito bem as nossas metas individuais e como elas, no conjunto entregam o objetivo do grupo. 3. Ter as pessoas certas nos lugares certos, que no caso do Futebol, os craques certos nas posições certas. 4. Conhecer o nosso talento. 5. Reconhecer o talento de cada membro do grupo.
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| Carlos Júlio, Carlos Alberto Parreira, Luiz Felipe Scolari e Flávio da Cunha Teixeira (Murtosa). |
R.S.F. – O que motiva um talento rico e famoso como um jogador da Seleção?
C.J. – No caso da Seleção Brasileira, como conversamos na palestra, se uma Copa do Mundo no seu próprio país não o motivar, nada mais o fará.
R.S.F. – Qual o clima que você encontrou na Seleção?
C.J. – Informalmente respeitoso. Esse foi o ponto que mais me impressionou positivamente. Apesar de haver consciência da responsabilidade de cada um e de todos, há uma informalidade que leva ao grupo a felicidade, descontração e até um pouco de festa. Porém, percebi muito respeito dos jogadores entre si e destes com a comissão técnica. Afinal, Parreira e Felipão são nossos mais experientes técnicos em Seleção e Copa do Mundo.
R.S.F. – Além desse trabalho, eu vejo que você tem livros na área de gestão, de negócios. Essa é a sua praia?
C.J. – Sim. De verdade esse é meu negócio, afinal leciono em Escolas de Negócios há 34 anos, fui presidente da HSM durante quase uma década e até hoje organizo eventos de gestão mundo afora. Tenho 7 livros lançados no brasil e 4 no exterior.
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| Luiz Felipe Scolari, Carlos Júlio e David Luiz. |
R.S.F. – Vejo que você tem um livro também sobre sustentabilidade, é isso mesmo?
C.J. – Sim. Não é um livro sobre sustentabilidade ambiental apenas, uso o modelo e preocupação com a sustentabilidade ambiental para ampliar a preocupação de se ter uma sociedade sustentável e esta significa empresas sustentáveis, famílias sustentáveis para se ter uma economia globalizada sustentável através de países sustentáveis.
R.S.F. – E também foi professor aqui na nossa Fundação Cásper Líbero?
C.J. – Tenho muito carinho pela Cásper Líbero onde por 4 anos, a convite do professor Mitsuro Yanase, lecionei na pós-graduação. A Cásper é um patrimônio de São Paulo e do Brasil.
R.S.F. – Você participa de Conselhos de importantes empresas como a Tecnisa, Camil, Aramis. Como é esse trabalho de Conselho? Os Conselhos de Administração realmente funcionam, são uteis ou apenas uma exigência legal?
C.J. – Já foi o tempo em que era encarado como apenas uma exigência legal. Hoje, principalmente com o advento do Novo Mercado, as empresas que tem um Conselho atuante, favorecem-se de uma governança mais segura, transparente e contam com a experiência de um grupo de profissionais que se completam. Tanto isso é verdade que mesmo as empresas fechadas, de capital não negociado em bolsa começam a ter seus próprios Conselhos, que sejam consultivos.
R.S.F. – Por fim, eu queria que você falasse um pouco sobre liderança. O que faz um líder?
C.J. – Pelo que vimos um pouco acima sobre equipes, fica claro que a principal missão da liderança é a de entregar resultados através da equipe. Para isso, ter as pessoas certas e coloca-las nos lugares certos é a principal exigência de um grande líder, seja o técnico da Seleção, seja o Presidente ou gerente de uma organização. Claro que há outros pontos importantes como o servir ao invés de ser servido, formar novos lideres, manter a equipe focada nos objetivos, treinar e capacitar e, acima de tudo, ter a visão de longo prazo.
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| Sob os olhares de Carlos Alberto Parreira, Carlos Júlio dá autógrafos aos jogadores da seleção. |
Carlos Júlio
É empresário, palestrante, professor e autor. Foi presidente da Tecnisa S.A, e hoje permanece como vice-presidente do Conselho de Administração, presidiu a HSM do Brasil por 8 anos, é autor de best-sellers. Graduado em Administração de Empresas com especialização na Harvard Business School, na London Business School e no IMD de Lausanne-Suíça, Júlio é professor na USP, ESPM e FGV, além de Conselheiro da Camil Alimentos.
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